"Cura Gay" - Carta aos Deputados, por Marisa Lobo
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Marisa Lobo fala da importância da aprovação da PDC 234/11 e alerta:
"Não podemos para acabar com a homofobia criar a Cristofobia."
Segue abaixo o texto completo:
Excelentíssimos senhores deputados,
Meu nome é Marisa Lobo, sou a
psicóloga que esteve na audiência Pública do dia 27/11/12, palestrando sobre o
projeto do deputado João Campos, maldosamente apelidado por oportunistas de
“Cura Gay”, quando apenas estava defendendo o direito do profissional de
psicologia de exercer sua profissão sem cerceamento de direitos.
Gostaria de pedir aos senhores
deputados que dessem atenção a este meu texto e que, de forma imparcial,
tentassem entender meu ponto de vista pois, no dia da audiência,
devido ao grande tumulto eu não pude esclarecer pontos importantes que devem ser
considerados. Não quero induzir os senhores mas, sim, ajudar a esclarecer acerca
da importância de no mínimo rever e modificar estes artigos que são, estes sim,
usurpação de poder, pois sentimos isso na pratica no setting terapêutico.
Seguem abaixo alguns pontos
importantes dessa discussão para apreciação dos senhores
1- A partir do momento que a humanidade reconhece
a existência de homossexuais, bissexuais e heterossexuais, afirmamos
reconhecer as diversas formas de expressão da sexualidade. Logo, temos que
reconhecer também igualmente a sua complexidade, bem como
reconhecer que dada a complexidade pode sim essa sexualidade
ser geradora de conflitos psíquicos, que
podem de alguma forma estar causando dor ao
sujeito, e que este sujeito em questão deva ter o direito de
buscar ajuda, ainda que seja para tentar alterá-la.
Principalmente por não ser
considerada doença e sim orientação, condição e ou opção conforme nos ensina a
psicologia, e não ser intelectualmente incapacitante falando, é que
todo cidadão pode decidir por si próprio.
Deve ser dada a pessoa humana
o direito de decidir pela sua vida. Ninguém pode e tem algum direito contra essa
máxima (aqui falo de ser Gay, e Não ser mais Gay). A
decisão do sujeito é uma escolha consciente e pessoal. Quando reconhecemos esta
verdade, então estamos promovendo o direito humano e liberdade de livre escolha,
tanto de desejar pessoa do mesmo sexo quanto de não mais desejar
pessoa do mesmo sexo.
2- Nem a Psicologia nem ciência alguma tem poder
para determinar se homossexualidade pode ser revertida ou não, pois para ela não
há observação empírica que prove o nascimento de um homossexual, porém a
ciência comprova o não nascimento do homossexual
dada a ordem cromossômica X e Y. Todos os estudos e estudiosos até
hoje só comprovam que a orientação sexual acorre após o
nascimento, sendo decorrente das primeiras relações afetivas/e ou
conflitivas e entendimento da criança na construção de seus
primeiros afetos, ou seja, segundo a própria psicologia moderna a sexualidade é
construída socialmente, culturalmente.
Por essa ótica, se pode ser
construída então pode em alguns casos ser descontruída, se for desejo da pessoa
em questão - vejam que não estou sendo irresponsável de afirmar que pode
acontecer em todos os casos, mas sim existe essa possibilidade
que é comprovada pela existência dos ex-gays e dos transtornos dos
mais variados que possam surgir devido a conflitos com sua
orientação sexual (homo, hetero e ou bissexual) - ou vamos negar sua existência
e jogá-los a margem social, e cometermos mais discriminação?
Segundo Kinsey, Pai da
sexologia e autor do relatório Kinsey citado por
vários estudiosos da psicologia da sexualidade, inclusive por Cameron e Bell,
outros estudiosos na área citados e usados como referência pela sexologia,
psicologia, psiquiatria e por diversos estudiosos no mundo e principalmente
pelos movimentos da luta de direitos da homossexualidade, há
inúmeras razões para que uma pessoa se torne um homossexual, e são
elas :
· 22% – Experiência precoce com adultos ou pares;
· 16% – contato contumaz com ambiente homossexual ;
· 15% – relacionamento distante com a mãe;
· 14% – relacionamento distante com o pai;
· 15% – Desenvolvimento incomum (“bulling” de ‘mariquinha’,
‘bichinha’,etc.);
· 12% – Parceiros heterossexuais indisponíveis
· 9% – Falta de habilidade social;
· 9% – “não se explica ”;
Para Kinsey e outros
especialistas da área que o seguem, os seres humanos não se classificam quanto à
sexualidade em apenas duas categorias (exclusivamente heterossexual e
exclusivamente homossexual), mas apresentam diferentes graus de uma ou outra
característica extrema. Em resumo, seriam divididos nas seguintes
categorias:
1. heterossexual exclusivo; 2.
heterossexual ocasionalmente homossexual; 3. heterossexual mais do que
ocasionalmente homossexual; 4. igualmente heterossexual e homossexual, também
chamado de bissexual; 5. homossexual mais do que ocasionalmente heterossexual;
6. homossexual ocasionalmente heterossexual; 7. homossexual exclusivo;
indiferente sexualmente.
Neste parágrafo acima
podemos comprovar a diversidade da sexualidade divulgada por
todos os grupos de militância da homossexualidade e da
diversidade sexual. Inclusive pela teoria Queer,
famosa por tentar descontruir a sexualidade (heteronormatividade), e
desvinculá-la do órgão sexual garantindo segundo essa teoria que todo sujeito
tem todas as facetas da diversidade da sexualidade e pode sentir desejo por
qualquer uma das expressões em algum momento de sua vida, (este não é meu
pensamento) mas da teoria que propagam enfim.
Sendo esta uma máxima para
estes estudiosos (sexólogos, sociólogos, militantes) por si só prova que
conflitos psíquicos ocorrem em decorrencia da subjetividade e
história particular de cada um e de sua diversidade sexual possível, e
NÃO apenas por pressão social e ou
religiosa, como insistem em fazer a sociedade civil e política acreditar. Isso é
uma clara indução ao erro, que induz ao preconceito e a perseguição religiosa
rumo a Cristofobia que está se formando na sociedade, e isto é fato.
Não podemos, para tentar eliminar a homofobia, gerar uma Cristofobia pois isto seria um caos e, portanto, peço aos ilustres deputados prudência e atenção redobrada pois um erro não pode justificar outro.
Importante: Estou
citando, senhores deputados, o relatório que foi o principal estudo usado para
convencer a comunidade cientifica e psiquiatras a por votação retirar a
homossexualidade como doença da Organização Mundial de saúde. Pergunto-me porque
usam apenas parte do CONTEÚDO deste relatório em seus discursos?
Manipulação? Perversão? Eu mesma respondo, usam apenas partes, a parte que
favorece seus discursos, pois se usassem o todo seriam cientistas e não
ventrilocos oportunistas.
Referências: relatório kinsey ; (Bell,
Allan; Weinberg, Martin; Hammersmith, S. Sexual Preference Its Development jn
Men and Women. Bloomington: Indiana University Press, 1.981. – iden : Cameron,
Paul; Camern, Kirk. What is an Homossexual. Journal of the Family
Research Institute, 16/06/2.000 ).
O mesmo estudo revela que a homossexualidade pode ser orientada
como defesa à frustração emocional decorrente da relação familiar conflituosa,
abusos e violência por exemplo (Freud, pai da psicanálise, e Firense, também Já
falavam nessa verdade).
3-
Senhores deputados, por esses e
tantos outros motivos não podemos nós, profissionais de psicologia,
limitar a relação terapeuta x cliente, pois podemos estar diante de um conflito
particular subjetivo onde só o paciente tem poder e acesso a sua
verdade, e só a descobriremos se o atendermos de forma imparcial
em seu sofrimento pois, se enxergar como um homossexual e não desejar ser um
(egodistonia) não estando satisfeito com sua condição e em alguns
casos poder buscar ajuda para alterá-la como diz a própria resolução em sua
explicação, será fundamental para a solução deste conflito pessoal.
Mas o grave é que a militância dos movimentos políticos da
homossexualidade pressiona a todos e ninguém tem a coragem de
explicitar esses fatos e essa verdade, pois só de falarmos já nos imputam o
crime de homofobia e a vergonha de sermos conhecidos como preconceituosos e
proselitistas, e isso não é o que nós, que lutamos por igualdade, realmente
queremos.
4-
Verdade: O terapeuta apenas media
conflitos sem colocar seu valor moral e ou princípios (fato). Não podemos
induzir convicções de orientação sexual conforme alerta nosso código de ética,
visando a liberdade e dignidade do nosso cliente em decidir por si (fato), e
isso também deveria se aplicar, senhores, a não negar o direito de mudança de
quem deseja, pois se assim o fizermos estaremos contrariando o próprio
conselho (é muita confusão, isso não é uma verdade aceita e sim
dissimulada) .
Exatamente nestes casos a existência da
resolução 01/999 como está, aliena sim, e tem poder
de contaminar o processo terapêutico, sendo ela
desnecessária pois o código de ética já nos alerta dessa premissa básica. Só o
Brasil tem esse tipo de resolução, nenhum país copiou esse modelo. Esse discurso
de profissionais que se declaram cristãos e que maltratam gay é absurdo, e os
senhores peçam um único exemplo de um caso ao conselho, um único, e verão que
nunca existiu.
Na verdade foi uma artimanha inventada porque o que se pretendida
na época de 1999 era lutar contra as doutrinas das igrejas, que
não entendiam e tão pouco sabiam lidar com a homossexualidade, e muitas vezes
realmente agiam de forma questionável, então colocaram a psicologia como arma
(idiota útil) contra os possíveis profissionais que se declaravam cristãos
mostrando claramente o preconceito sem precedentes. O que já nesta época, ela a
psicologia, estava fazendo era ferir suas diretrizes, sendo anti
ética, pois estava militando em causas políticas, de orientação sexual e
religiosa, exatamente como condena que os profissionais façam, e me pergunto
quem fiscalizou este conselho.
Os senhores entendem a confusão e como nós profissionais
sofremos? tememos? o quanto ela é capciosa? pode ser manipulável por qualquer
um? Não é interessante que essa verdade seja divulgada, pois as
políticas publicas crescem e as verbas também. A realidade, senhores, é que
muita gente lucra de certa forma com a defesa e propagação da homofobia. Por
outro lado muitos acabam sendo irresponsáveis e usando classe, profissionais,
comentários, para induzir ao erro .... mas, quem tem coragem de falar
abertamente que isso acontece? Quem tem a coragem de defender esses ex-gays hoje
com família e filhos, ou é mais fácil aceitar que eles são uns hipócritas que de
noite saem a busca de homens em saunas gays como ouvi da boca do senhor
Presidente da GLBTT, no dia da audiência de 27/11/12? Não seria isto um pré
conceito? Afirmar que todos os ex-gays tenham este comportamento? Sabemos que
existem esses que eu chamo de canalhas, hipócritas, mas vejo como forma de
pornografia, como amoral, deslealdade, porém ainda assim quem tem o direito de
julgar? E negar que ele queira viver assim, e ou busque ajuda?
5-
Todo ser humano tem o direito de ir e
vir, pensar e agir ... (conforme assegura-lhe o artigo 5 da constituição
Brasileira). Toda pessoa humana tem dentro de si desejo e força individual para
ser o que desejar, bem como uma capacidade de resiliência e poder de
ressignificação de vida particular onde só o sujeito tem acesso, ninguém mais, e
esse poder e essa vontade devem ser respeitados de um lado e de
outro.
O Conselho de Psicologia
pratica usurpação de poder quando limita e interfere dentro do lugar sagrado da
terapia, e impede por força do medo e da alienação psicológica a eficácia do
atendimento.
Tenho visto
profissionais inexperientes que, para se livrarem do cliente,
dizem categoricamente que não tem mudança, que eles tem que se
aceitar sem nem mesmo tê-lo dado o direito de estudar suas causas, suas dores e
seu real desejo, apenas por estarem contaminados com uma ideia social imposta de
que não existe ex-gay. Ou seja, estão impondo de forma irresponsável um conceito
de orientação sexual, se valendo do reverso da resolução que é no mínimo
conflituosa.
Existem ex-gays, travestis, e conflitos de maturação sexual na adolescência, homossexualidade situacional por exemplo, que não necessariamente são homossexuais legítimos. Todos sabemos disto mas por que temos medo de falar? É sabido por todos nós que não podemos considerar a homossexualidade mais como doença, que o termo doença foi retirado dos códigos de medicina (OMS-CID.DSM) porém existem outros diagnósticos que foram mantidos e que são perfeitamente aplicáveis a transtornos possíveis decorrentes da orientação sexual de qualquer sujeito sendo homo, hetero e ou bissexual.
Existem ex-gays, travestis, e conflitos de maturação sexual na adolescência, homossexualidade situacional por exemplo, que não necessariamente são homossexuais legítimos. Todos sabemos disto mas por que temos medo de falar? É sabido por todos nós que não podemos considerar a homossexualidade mais como doença, que o termo doença foi retirado dos códigos de medicina (OMS-CID.DSM) porém existem outros diagnósticos que foram mantidos e que são perfeitamente aplicáveis a transtornos possíveis decorrentes da orientação sexual de qualquer sujeito sendo homo, hetero e ou bissexual.
Mas a resolução já impõe
e induz ao profissional a acreditar que não tem mudança e a negligenciar os
conflitos bem como o poder do ser humano de decidir pela sua condição e, pior, a
induzir o conceito anti religioso de que se acontecer será somente
pela imposição de sua religião, da sociedade, e de forma irresponsável
negligencia até mesmo a medicina que é a psiquiatria e que assegura a
possibilidade de conflitos, transtornos egodistonia (cid 10 f66,f65,f64), que
podem ser mudados, se for o desejo do paciente.
7- Peço aos senhores deputados que não se deixem intimidar por
discursos de preconceito, que não tenham medo da mídia que só deseja IBOPE e
ganhos financeiros, e não se deixem enganar pelo discurso de que este projeto
visa homofobia, é de religiosos, porque assim sendo, serão igualmente
preconceituosos - desde quando por um profissional ou um deputado se torna um
“retardado” ou alienado defender seus princípios? Quem não pensa por si?
desde quando uma pessoa, por se declarar Cristã, tem que levar o
título de inculta e perseguidora de gays? O deputado João Campos e
todos nós sofremos preconceito e Bullyng de todas as formas, como se
inteligência fosse dado apenas aos ateus! E ou candomblecistas? E os adeptos de
outras religiões?
O projeto do deputado João
Campos, apoiado pelos deputados Marco Feliciano, Lucena, Eurico, Ismael, Senador
Magno Malta entre outros que são cristãos evangélicos e assumem
sua fé publicamente, está sendo deturpado e não
podem estes deputados serem acusados de homofobia porque o movimento GLBTT
decidiu, pois receiam este projeto porque sabem da sua veracidade e verdadeira
intenção.
Se o analisarem sem preconceito religioso, com verdade e imparcialidade, verão que nem de longe tem a ver com estas questões (homofóbicas) aliás, queria ver provas de um único Cristão, pastor, profissional, comprometido com DEUS que tenha matado ou espancado em Gay? Mas como se dirigem a nós parece mesmo, e se fossemos fracos emocionalmente entraríamos em depressão, porque não é fácil ver este movimento tentando nos rotular e não ter força para mudar essa mentira.
8- Como puderam observar na audiência Pública, essa resolução da
psicologia é protegida pelos movimentos GLBTT que lucram com a condição
homossexual, e tem defensores e adeptos em todos os lugares, e tem que ter mesmo
pois são um grupo de pessoas que devem ser assistidas e tratadas com respeito e
dignidade; mas daí a abusar de poder por ser minoria e não aceitar o
contraditório, sem que isso os ofenda, e dê margem para criação de factoides que
favorecem, por força de mentira e manipulação de palavras, e de indução, ao erro
de que o Brasil Cristão é homofóbico, é inaceitável e deve esta ideia ser
combatida pelos que verdadeiramente promovem o bem comum
e não seus interesses grupais e ou individuais, e mesmo de seus
egos.
Fiquei indignada com a
apresentação do senhor Tony Reis mostrando casos de homofobia, violência,
induzindo ao erro de que nós psicólogos e ou pastores matamos
aquelas pessoas e ou induzimos alguém fazê-lo, o que é muito uma manipulação
gravíssima, sendo uma acusação que deveria ser comprovada por se constituir uma
incitação à violência contra estes acusados.
Hoje ainda vi um “Twitter” do
deputado Jean Wyllizs afirmando que as mortes e espancamentos são resultados dos
discursos dos psicólogos cristãos e dos pastores psicólogos. Dada a gravidade
deste comentário que induz claramente ao preconceito e a guerra , resolvi
escrever-lhes esta carta. É pela pressão e pelo grito que estes grupos querem
vencer qualquer questão que se sentem ameaçados, ainda que saibam que estão
sendo intolerantes induzindo ao erro, mas o que lhes importa é não perder
espaço.
Se os senhores ouvirem minha
fala no dia da audiência novamente, perceberão que tentei apaziguar , mas eles
não ouvem, porque já estão treinados a apenas ouvir o que lhes interessa,
não querem o contraditório.
9- Não podemos oferecer tratamento e nem considerar a homossexualidade
como doença, mas não podemos negligenciar que um ser humano pode apenas estar
passando por um conflito, e pode não ser um homossexual exclusivo, como afirma o
relatório Kinsey e todos os estudos sobre a homossexualidade no
mundo.
Sabemos e temos que ter esse
cuidado pois tudo que se relaciona a causa dos militantes da
política da homossexualidade gera tumulto e preconceito de ambos os lados, pois
é uma guerra de ego, de direitos requeridos, posições de certa forma até
necessárias, isso é democracia. Entretanto temos que ser imparciais, pois são
vidas que estão sendo envolvidas e penso que a responsabilidade neste momento
está nas mãos dos senhores deputados.
Sem paixões, senhores
deputados, e ou religiosidade que não cabe neste momento, nós profissionais
estamos sim sofrendo com estes dois artigos da resolução que devem ser sustados,
pois o código de ética já garante um atendimento de qualidade, não há
necessidade desse exagero. Nossa profissão não pode ser condicionada a um artigo
que limita e condena o profissional sem mesmo ter cometido um
delito além de usurpar o direito da pessoa humana do profissional de decidir e
exercer sua liberdade de expressão. Não podemos ser amordaçados, não neste caso,
pois a informação verdadeira tem que ser repassada e pela resolução todos temos
que engolir decisões sociais e não científicas.
Por outro lado entendo a
preocupação do CFP, mas a própria resolução termina dizendo que pode mudar
conforme as transformações sociais, ou seja, ela mesma conclui que
nada é absoluto, e que a psicologia tem mais de social do que científica (grifo
meu).
Além do mais esta resolução
virou uma arma contra profissionais e a favor de grupos militantes gays de má
índole, pois pode ser usada para incriminar profissionais pelo simples motivo de
transferirem suas frustrações sobre o terapeuta, o acusando de má fé e de
curandeirismo. E não existe em nenhum outro país do mundo.
10-
Por
estes motivos venho pedir que em nome da democracia sustem os
artigos propostos pelo Deputado João Campos, aprovando o Projeto de Decreto
Legislativo PDC 234/11, de autoria do deputado federal João Campos (PSDB-GO),
que pretende revogar parte da resolução do Conselho Federal de Psicologia que
impõe regras aos profissionais da área na relação com pacientes homossexuais,
para garantir direitos daqueles que desejam buscar ajuda, para
mudar sua orientação condição e ou opção e sexual ainda que seja para resistir a
desejos por pessoas do mesmo sexo e formar uma família se este for
seu desejo.
Não podemos negar este direito
ao cidadão de ser homossexual, e também não podemos impedir por força
discriminatória de resolução o homossexual em conflito de buscar
ajuda e de ter uma pesquisa honesta sobre sua real condição, quando isso for
possível , se esse for o verdadeiro desejo dessa pessoa. Ex-GAYS, senhores
Deputados, existem, e a Secretaria de Direitos Humanos, o Estado e mesmo o
Parlamento tem que dar conta desse grupo que tem surgido cada vez mais, posto
que um ex-homossexual merece igualmente respeito. A moeda,
senhores deputados, tem dois lados, certamente que sim.
11- Uma pergunta faço aos senhores: se o ex-heterossexual
tem direito a recorrer ao atendimento da psicologia sem que sofra
preconceito algum, por que os que querem deixar a homossexualidade não podem ter
o MESMO DIREITO de ao menos tentar sem que isso se transforme em luta pela
condenação da homofobia? A resolução diz que não nega esse direito, mas na
pratica nega sim, sou testemunha disso, e do medo que envolve esses dois artigos
da resolução.
Não podemos ser idiotas
úteis nas mãos de oportunistas que, na verdade, estão pouco se importando com a
verdade simplesmente, e sim com suas bandeiras, e com o medo de perder suas
conquistas. Ora, vejam, estamos falando de vidas e famílias, filhos que tem se
formado a partir da desconstrução do desejo homossexual por alguns
que necessitam neste caso de ajuda.
Quanto aos profissionais
que obrigam, e ou oferecem cura, concordo que devam ser responsabilizados, mas
temos leis e código de ética para tomar as providências cabíveis, ou será que
nossa Constituição e nossas leis não valem nada?
“Bandeira dos direitos
humanos não pode ser usada como arma ideológica das minorias contra as maiorias,
de forma unilateral, direitos humanos é para todos, inclusive para ex Gays e
para a pessoa humana do profissional”.
Grata pela atenção
Marisa Lobo psicóloga. marisalobo@globo.com
Referências
relatório Kinsey ;( Bell, Allan; Weinberg,
Martin; Hammersmith, S. Sexual Preference Its Development jn Men and Women.
Bloomington: Indiana University Press, 1.981. – idem : Cameron, Paul; Camern,
Kirk. What is an Homossexual. Journal of the Family Research Institute,
16/06/2.000 ).