A mente da esquerda na visão de um insider
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Antes
de tudo: esqueça os anos 60. Esta situação vem fermentando há mais de
100 anos. Eu nasci em uma família de classe operária socialista na Nova
Zelândia em 1960. O socialismo democrático tinha sido estabelecido por
reformas populares na década de 1930. Ao final dos anos 50, quase todas
as crianças da classe trabalhadora na Nova Zelândia foram criadas como
socialista.
Mas
nós não chamávamos de socialismo. Nós chamávamos de "direitos dos
trabalhadores." Na minha família, meus irmãos mais velhos e eu éramos a
terceira geração de socialistas. Nós nunca escolhemos o socialismo, nós o
herdamos. No final dos anos 60, a classe média mais nova se juntou a
nós.
Foi
especialmente na Comunidade Britânica que milhões de pessoas foram
criadas por esquerdistas, que foram criados por esquerdistas, que foram
criados por esquerdistas, e assim por diante. Algumas famílias de
esquerda têm sido assim há mais de um século. Eles se consideram
esquerdistas realmente.
Para
os milhões criados como esquerdistas, não é uma ideologia é uma
cultura. Desde a infância, eles têm vivido e respirado isso todos os
dias em casa. Eles não conhecem outra coisa. Como qualquer cultura, é
uma maneira de falar, pensar e agir, com suas próprias narrativas e
rituais. As narrativas são tidas como sagradas, repetidas, reforçadas e,
ao longo do tempo, adicionadas. Aquilo que desafia as narrativas
sagradas, até mesmo a própria realidade, é recebida com confusão e
hostilidade. Como acontece com qualquer cultura agressiva, intolerante,
se você entrar nela, ele entra em você.
Contrariamente
à opinião, o esquerdismo não é apenas sobre o ódio. Esquerdistas são
mais complexos do que isso. Do meu tempo como esquerdista de fralda
vermelha (1), eu posso te dizer que toda uma
gama de emoções está envolvida. Ódio, raiva, medo, amargura, ciúme,
inveja, raiva, ganância, orgulho, presunção e paranóia (não tecnicamente
uma emoção, mas é generalizada entre os esquerdistas).
Com
tal desfile de emoções negativas, não é nenhuma surpresa que tantos
esquerdistas sofram de depressão crônica, muitas vezes desde tenra
idade. Mesmo que eles percam a raiva, eles ainda mantêm a atitude: que o
governo deve resolver os problemas de todos, independentemente do custo
e que há uma enorme conspiração de direita na primeira esquina.
A
narrativa vitimista da esquerda é muito infecciosa. Você é sempre a
vítima e sempre te devem algo. Os ricos são sempre maus, enquanto você é
sempre bom e íntegro. Convertidos são muitas vezes mais intensos do que
aqueles que nasceram nisso. Meu pai criou um esquerdista, que
finalmente amadureceu e começou a questionar algumas crenças
esquerdistas. Minha mãe, não foi criada como esquerdista, mas tendo-se
tornado uma, jamais amadureceu.
A narrativa do vitimismo estava em todas as conversas.
A
narrativa da luta de classes/vítima oprimida é parte da vida diária na
esquerda. Quando criança, eu ouvia os adultos falando. Com amigos e
colegas de trabalho, com as mães conversando sobre o chá, era parte de
todas as conversas. Eles falavam sobre o tempo, seus filhos, televisão,
mas antes de partir, um deles sempre dizia algo relacionado à opressão
gananciosa dos ricos – e o outro tinha de concordar. Não concordar era
suicídio social.
Embora houvesse diferenças entre os esquerdistas da classe trabalhadora e da classe média, certas atitudes eram universais:
Um
esquerdista que nunca trabalhou, se sente muito generoso em relação a
qualquer um que alegue precisar de ajuda, que se encaixe na narrativa.
Eles são generosos com suas emoções.
Quando
eles obtêm o seu primeiro emprego de verdade, eles ficam muitas vezes
chocados com a quantidade de impostos retidos e têm um momento de
dúvida. Mas esse momento de dúvida dá a não-esquerdistas uma abertura.
Então, o jovem esquerdista, aterrorizado em que ele/ela mudará, de forma
rápida isola essa dúvida em sua mente e se recusa a tocar no assunto,
até que desapareça.
A
economia não é geralmente considerada parte de uma cultura, mas para os
esquerdistas de fralda vermelha, a sua atitude em relação à economia é
cultural. É parte do núcleo, a narrativa sagrada. Eles geralmente têm
uma visão pueril da economia, que muitas vezes eles herdaram de seus
pais. Isto é provavelmente porque a dúvida desencadeada por seu primeiro
choque fiscal é tão facilmente esquecida por esquerdistas. A visão
infantil é confortável e familiar. Uma vez que a amnésia se instala e o
conforto retorna, as discussões sobre a realidade econômica são vistas
como propaganda de direita.
Esquerdistas
ouvem grandes números e visualizam o cofre do Tio Patinhas, e não
infra-estrutura, manutenção, equipamentos especializados, transporte,
treinamento, folha de pagamento, etc.
Para
os esquerdistas, a indústria tem muito dinheiro. As empresas obtêm
enormes lucros. O preço de tudo é demasiado elevado. O governo tem
bilhões. Eles querem manter tudo para si e seus amigos ricos. Então os
esquerdistas acreditam que essas pessoas más devem ser obrigadas a
gastar o dinheiro em coisas que os próprios esquerdistas escolham.
Esquerdistas
combinam ingenuidade infantil e agressão paranóica em todas as suas
narrativas. É um emparelhamento notável e muito prejudicial. A
ingenuidade pueril protege a narrativa dos fatos, enquanto a agressão
paranóica protege a mente da dúvida. Para os bebês vermelhos de fralda,
este pensamento concorre com o seu desenvolvimento emocional e
intelectual normal, causando uma luta interna em que pode acontecer
qualquer coisa.
Numa
mesma família, uma criança poderá ser um esquerdista suave, sem
convicção, enquanto outra será um comunista dedicado. Aquele que sente
maior necessidade de agradar os pais provavelmente será o comunista
dedicado. A esquerda, na superfície, pode parecer para alguns como um
movimento de jovens desajustados, mas é antiga, enorme e culturalmente
arraigada, não só na Europa, mas também na maioria dos países de língua
Inglesa. O esquerdismo é uma história familiar, uma mentalidade cultural
e um modo de vida para milhões de famílias. É um conjunto de narrativas
sagradas básicas e de conversas diárias.
Os
filhos herdam o esquerdismo como um sistema de convicções, sem conhecer
outra coisa. No momento em que eles tiverem idade suficiente para ouvir
outros pontos de vista, eles já estão doutrinados. Torna-se sua bússola
moral.
O
esquerdismo incentiva e é impulsionado pelas emoções mais negativas,
prejudiciais. Ele se aproveita de emoções infantis e processos de
pensamento paranóico. Suas narrativas são um filtro pelo qual a
realidade tem que tentar lutar, muitas vezes falhando.
O
pensamento pueril resolve todos os problemas sem detalhes incômodos e
fatos que interfiram, levando a ilusões de brilho intelectual.
É
realmente muito difícil desistir de ser um esquerdista, mesmo quando
você quiser. Conheço pessoas cujas famílias foram assassinadas pelos
comunistas e eles ainda são esquerdistas. Não é suficiente ver os
problemas. Se você é um bebê de fraldas vermelhas, é tudo o que você
sabe. Você foi doutrinado (com a ajuda da mídia) a pensar que a chamada
Direita é gananciosa e má e que os religiosos são hipócritas e
delirantes. Mesmo que você tenha dúvidas, não há outro lugar para ir,
não sem literalmente mudar de opinião.
Eu
vi as rachaduras cedo. Meus pais tinham um ódio fanático da classe
média e, se fosse possível nunca falavam com eles. Na minha adolescência
eu percebi que meu pai odiava os ricos, porque ele não era um deles.
Mesmo entendendo, não me impediu de ser um esquerdista. Isso me fez
querer ser um esquerdista melhor do que os meus pais. Comecei a ver que a
luta de classes estava se tornando uma farsa para obter mais coisas
grátis. Eu ainda procurei uma forma perfeita de comunismo. Eu conheci
esquerdistas de classe média alta e fiquei chocado com sua arrogância e
esnobismo. Eu viajei pelo mundo e não havia nenhuma forma de comunismo
que não dependesse de capitalismo para salvá-lo do colapso.
Voltando
para casa, tive conversas diárias com um médico judeu que era pró-vida.
Todos os dias nós discutámos moral e fé. Comecei a entender o conceito
de fé, moral absoluta e auto-sacrifício tudo novo para mim. Algumas
semanas mais tarde, Deus falou comigo.
Eu
tentei ser um cristão e um esquerdista moderado. Eu não estava sozinho.
Esquerdistas moderados não acreditam em si mesmos como esquerdistas.
Eles pensam em si mesmos como equilibrados e razoáveis. Eu trabalhei com
os refugiados e eles me disseram sobre a tortura, escravidão e
assassinato em massa pelos comunistas "combatentes da liberdade". Isso
matou qualquer sentimento que ainda persistisse sobre o comunismo.
Casei-me
com uma refugiada e ela tentou me esfaquear. Eu também achei que os
refugiados tinham segredos muito obscuros. Meu multiculturalismo
tolerante lentamente morreu. Comecei a ver a força da civilização
judaico-cristã. Eu vi a desonestidade e crueldade das
marxistas-feministas, que tinha dominado a esquerda. O feminismo, que
minha mãe tinha me empurrado goela abaixo dia a dia, tinha morrido.
Quando eu discutia com esquerdistas, sua raiva quase psicótica me
chocava. Eu senti que estava falando com lunáticos.
Apesar
de tudo isso, é difícil deixar totalmente o pensamento de esquerda
porque ele o rodeia. Tornou-se dominante. É como tentar socorrer um
barco com furos no fundo. É preciso um esforço intelectual persistente
para deixar isso para trás. Mas há outra razão pela qual é preciso tempo
para extrair o parasita esquerdista do cérebro. Uma poderosa mentira
vive ali. É a mentira mais poderosa que eles têm. É de que a esquerda
"se importa." Você deve abraçar plenamente o fato de que isso é uma
mentira. Todo "cuidado" esquerdista tem uma agenda oculta.
Nota:
(1) Red Diapers: Growing Up in the Communist Left (Vermelhos de Fraldas) é a primeira antologia de escritos autobiográficos de "Red Diaper Babies" – filhos de comunistas ou outros pais radicais de esquerda. Editado por Judy Kaplan e Linn Shapiro, consiste de memórias, contos e poemas. Entre os 40 autores estão comunistas bem conhecidos como o jornalista Carl Bernstein, escritora feminista Kim Chernin, cientista Richard Levins, e autor / ativista Robert Meeropol (filho de Julius e Ethel Rosenberg).
(1) Red Diapers: Growing Up in the Communist Left (Vermelhos de Fraldas) é a primeira antologia de escritos autobiográficos de "Red Diaper Babies" – filhos de comunistas ou outros pais radicais de esquerda. Editado por Judy Kaplan e Linn Shapiro, consiste de memórias, contos e poemas. Entre os 40 autores estão comunistas bem conhecidos como o jornalista Carl Bernstein, escritora feminista Kim Chernin, cientista Richard Levins, e autor / ativista Robert Meeropol (filho de Julius e Ethel Rosenberg).
Michael Faraday descreve-se como um ex-idiota útil. Ele trabalhou como advogado de refugiados e professor de história. Ele agora ensina os jovens com autismo. Passou três décadas para desaprender o pensamento de esquerda.
Publicado no Frontpage Magazine.
Divulgação: Papéis Avulsos - http://heitordepaola.com
Tradução: William Uchoa
Fonte: Mídia Sem Máscara