Ciúme Patológico - Seus Sintomas e Definição
O ciúme é uma emoção complexa, porém, comum, experimentada pelos seres humanos variando em forma e expressão através das relações e culturas. É definido também como um "sentimento de ressentimento contra alguém por causa da rivalidade, sucesso ou vantagens dessa pessoa". O ciúme patológico, no entanto, se apresenta indicando que a percepção de um rival é essencial para que exista, mas sem levar em consideração se o rival realmente existe. Essa emoção pode surgir nas famílias, no local de trabalho, nas amizades e nos relacionamentos românticos.
A interpretação mais comum do ciúme a partir da Psicologia Evolucionista vem de "The Specific Innate Module Theory" . Segundo essa teoria, o ciúme é uma emoção inata que é guiada por um conjunto específico de neurônios em resposta a ameaças percebidas no contexto das relações sexuais. De carta forma, a teoria sugere que o ciúme, por exemplo, nos homens, é uma predisposição inata guiada para a infidelidade sexual de seu parceiro.
Por outro lado, a teoria propõe que o sentimento de ciúme nas mulheres é inatamente predisposto para a infidelidade emocional do seu parceiro. A sensação de ciúme é muitas vezes confundida com a inveja; que é definida como "uma consciência dolorosa ou ressentida de uma vantagem desfrutada por outra, associada ao desejo de possuir a mesma vantagem". A inveja, todavia, difere do ciúme no sentido de que a inveja é experimentada quando um indivíduo quer algo que outro indivíduo tem, enquanto que o ciúme é uma emoção intensa expressa quando um indivíduo teme que algo ou alguém pode ser tirado do próprio indivíduo.
Diferença entre o ciúme patológico e natural
De forma natural, as pessoas saudáveis experimentam ciúmes em resposta à evidências reais e estão dispostas a modificar suas opiniões e reações ao obter novos conhecimentos dos fatos. Elas também possuem um ciúme direcionado, geralmente contra apenas um rival. No entanto, em certas circunstâncias, o ciúme pode se tornar delirante e perigoso; particularmente em relacionamentos românticos.
O ciúme patológico, por outro lado, também conhecido como ciúme mórbido, ciúme delirante ou "Síndrome de Othello" (sugerido da peça de Shakespeare, "Othello"), é uma forma anormal de ciúme que muitas vezes se apresenta sob a forma de um TOC (transtorno obsessivo-compulsivo). São relações conturbadas que criam caso, por exemplo, sobre infidelidade acerca de fatos insignificantes. Ciumentos patológicos se recusam a mudar de opinião mesmo quando confrontados com informações contraditórias e tendem a acusar seu parceiro de infidelidade com vários indivíduos.
Sob esta forma de ciúme, um dos parceiros considera que ele ou ela tem o outro indivíduo como uma propriedade exclusiva, e que esta propriedade é uma necessidade para preservar o relacionamento.
Embora o nome "Síndrome de Othello" sugira que a desordem é irredutível, o ciúme patológico deve ser considerado como um termo descritivo para o resultado de um número de psicopatologias dentro de diagnósticos psicológicos distintos.
Embora o nome "Síndrome de Othello" sugira que a desordem é irredutível, o ciúme patológico deve ser considerado como um termo descritivo para o resultado de um número de psicopatologias dentro de diagnósticos psicológicos distintos.
Possíveis origens do ciúme patológico
O ciúme patológico provém de inseguranças profundas, sentimentos de não ser
amado e um estado ansioso de necessidade de estar no controle e
sentir-se seguro.
A ocorrência deste distúrbio pode estar ligada a diferentes variáveis
que incluem dependência de substâncias alcoólicas e não alcoólicas,
distúrbios cerebrais orgânicos, esquizofrenia, neurose, transtornos de
personalidade ou qualquer transtorno mental, como depressão ou mania,
que é caracterizada por distúrbios anormais de humor.
Um indivíduo patologicamente ciumento estabelece suspeitas sobre a infidelidade do seu parceiro.
Assim que as dúvidas são estabelecidas, o indivíduo então se transforma, passando sentir-se possuidor, é quando os sintomas da desordem começam a emergir.
Aos olhos do morbidamente ciumento, o parceiro tem a sentença de culpa presumida até que alguma prova de inocência seja encontrada. As evidências de inocência, entretanto, não se materializam, e os bravos esforços para demonstrar inocência e confrontar a sentença de culpa falham, uma vez que preocupações irracionais na mente do parceiro patologicamente ciumento não podem ser refutadas racionalmente.
Leia também: Os 10 Sintomas do Ciúme Doentio - Possessividade
Aos olhos do morbidamente ciumento, o parceiro tem a sentença de culpa presumida até que alguma prova de inocência seja encontrada. As evidências de inocência, entretanto, não se materializam, e os bravos esforços para demonstrar inocência e confrontar a sentença de culpa falham, uma vez que preocupações irracionais na mente do parceiro patologicamente ciumento não podem ser refutadas racionalmente.
Além disso, a rejeição do parceiro acusado de infidelidade pode incitar a raiva e a violência.
Sob certas circunstâncias, o parceiro tolerante, que se torna
atormentado pelos repetidos interrogatórios e acusações de infidelidade,
pode até fornecer confissões falsas que irão provocar fúria no indivíduo
ciumento.
A fim de avaliar o ciúme patológico, uma anamnese psicológica completa deve ser considerada. A avaliação deve incluir:
- Histórico de transtornos afetivos e psicóticos;
- Histórico de violência e ameaças possivelmente praticados;
- A qualidade do relacionamento;
- A constituição da família do sujeito;
- Histórico de abuso de drogas;
- A história completa do indivíduo antes de seu compromisso com a relação atual.
A avaliação psicopatológica deve ser acompanhada de um exame de estado mental, a fim de caracterizar o diagnóstico de ciúme patológico, estudar qualquer psicopatologia relacionada e verificar a possibilidade da existência de uma doença orgânica. Finalmente, uma avaliação de risco deve ser realizada em ambos os parceiros e deve considerar o risco de suicídio, história de violência doméstica e interpessoal, incluindo qualquer terceiro (por exemplo, rivais suspeitos) e riscos para crianças envolvidas na relação.
Com informações: FreeThought