Marido consegue divórcio ao provar que esposa é "possuída pelo diabo"
Um homem italiano conseguiu aprovação do divórcio na justiça, após ter reivindicado que sua esposa era "possuída pelo diabo".
A mulher havia exibido "comportamento inexplicável" desde 2007, incluindo contorções, rigidez e outros "fenômenos incomuns", segundo apurou um tribunal de Milão. Seu marido atribuiu os episódios a "possessão demoníaca".
Sua irmã, bem como um padre e um monge capuchinho confirmaram o comportamento estranho, testemunhando que a mulher - uma devota católica - tinha destruído um banco da igreja, lançando-o para o altar usando apenas uma mão.
Testemunhas até afirmaram tê-la visto levitar, antes de cair no chão.
O tribunal de Milão reconheceu que a mulher estava "claramente agitada", mas disse que "não agiu com conhecimento de causa", segundo o jornal Il Corriere della Sera.
O juiz determinou que os incidentes não poderiam ser atribuídos a uma doença, uma vez que a mulher foi julgada saudável, segundo avaliação de médicos e psiquiatras.
Vários exorcistas também tentaram curá-la ao longo dos anos, mas sem sucesso.
O casal, que tem dois filhos, teve finalmente o divórcio consentido sem culpa.
A Itália não tinha previsão para o divórcio até 1970 e as dificuldades causadas por este foram o tema de um famoso filme de 1961 "Divórcio, estilo italiano".
A comédia apresenta Marcello Mastroianni como um nobre siciliano que elabora um plano para matar sua esposa em um crime de amor, para que possa ficar livre e se casar com uma modelo mais jovem.
No entanto, a legislação que entrou em vigor no ano passado tornou mais fácil e rápido acabar com os casamentos - levando a um aumento de 57 por cento na taxa de divórcio .
Comentário:
Casos de possessão demoníaca continuam sendo alvos de muita polêmica, visto que envolve questões de fé e saúde mental. Em todo caso, a ciência também continua não conseguindo explicar todos os fenômenos do comportamento e muitos profissionais da psicologia e psiquiatria reconhecem que alguns desses casos são inexplicáveis segundo tais perspectivas de saúde. Cada situação deve ser analisada em particular.
Fonte: The Local
Comentário: Will R. Filho