DENÚNCIA: Psicóloga critica o Conselho Federal de Psicologia em abaixo-assinado: "um grupo que não me representa"
Em um abaixo-assinado de apoio a existência das chamadas "Comunidades Terapêuticas", uma psicóloga com 20 anos de experiência fez graves denúncias sobre o que considera um "descaso" e "preconceito" do Conselho Federal de Psicologia.
O Conselho Federal de Psicologia publicou recentemente uma nota afirmando que "Para o CFP, Comunidade Terapêutica não pode ser considerada estabelecimento de saúde", causando diversas críticas de psicólogos sobre tal posicionamento, uma vez que há divergências de entendimento sobre o assunto. Uma prova disso é o abaixo-assinado criado na internet que já conseguiu até o momento 645 assinaturas das 1000 que pretende alcançar, todas de psicólogos ou estudantes de Psicologia.Uma delas foi da Psicóloga Inara Bastos, especialista em Saúde Mental e Neuropsicóloga, com 20 anos de experiência atuando na área de "Dependência Química". Em seu texto original, publicado no site "Change.Org" como forma de repúdio o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Psicóloga que é de Santo Estêvão, na Bahia, escreveu o seguinte:
Com 11 anos de trabalho em CAPS, com ações nos programas de volta para casa, referência de três residências Terapêuticas, fiz e faço reforma psiquiatria. E afirmo Comunidade Terapêutica passa longe de ser mines manicômios.
Meu Conselho Federal não me ouviu, não ouve consulta pública, foi a decisão de um grupo que não me representa, pois vejo um desconhecimento aos serviços CT, um preconceito pelo histórico da religiosidade destes serviços, e sim a confusão das Comunidades Terapêuticas com clínicas de reabilitação. Mas como conselho teria que exercer seu papel de estudo e fiscalização, com critério, pois já é de conhecimento de todos, inclusive de nós Psicólogos, que o Relatório de visita que o CFP divulgou não tinha critérios de seleção as CTs e muito menos ao instrumentos de fiscalização.
O que me preocupa é o descaso do CFP ao sofrimento das pessoas que são acolhidas por profissionais qualificados que estão em mais uma área de trabalho, e fico questionando: - o papel do CFP não é fortalecer o campo profissional dos psicólogos? O que vejo aqui é o contrário.
Há voltando a reforma psiquiatria, os CAPS transformaram se (sic) em "grandes Laboratórios" há uma precarização dos serviços e o que o CFP faz? NADA, somos CT instrumentos da RAPS, e nosso[s] Serviços são reconhecidos [é] o que diz o Relatório do IPEA. Sei que precisa de fiscalização como todo[s os] serviços, tem sim muitos locais que NÃO são Comunidades Terapêuticas, e se apresenta como.
Eu, sou Psicóloga integrante da FEBRACT e nos queremos que os Serviços Comunidades Terapêuticas sejam conhecidos pelos Conselhos de classes e outros órgãos do cuidado de dependentes químicos, e juntos criamos critérios e estratégias de orientar e encaminhar ao MP as casas que Não são Comunidades Terapêuticas das quais o CFP falam (sic)".
Se você estuda Psicologia ou já é um profissional e concorda com Inara Bastos, assine o abaixo-assinado clicando AQUI.
Fonte: Change.org