Eduardo rebate Sérgio Moro: “O servidor público serve ao povo, não à sua biografia”
Na ocasião, Moro afirmou que o presidente Bolsonaro não estaria empenhado na agenda de combate à corrupção, uma das suas principais pautas durante a campanha eleitoral de 2018.
“Me desculpem aqui os seguidores do presidente, se essa é uma verdade inconveniente, mas essa agenda anticorrupção não teve um impulso por parte do presidente da República para que implementássemos”, disse o ex-ministro no programa global.
Eduardo, por sua vez, ironizou:
“Me desculpe se é uma verdade inconveniente, mas faltou hombridade, lealdade, fidelidade e compromisso com a proposta eleita democraticamente em 2018. O servidor público serve ao povo, não à sua biografia."
Na prática, a declaração do filho do presidente aponta uma aparante contradição na fala de Sérgio Moro, pois se a sua real preocupação era à agenda de combate à corrupção, não seria mais coerente da sua parte, como ministro da Justiça, lutar para que essas pautas fossem implementadas, em vez de renunciar com menos de 1 ano e meio de governo?
Pior ainda não é uma contradição, mas a intenção de mentir por razões de interesse pessoal, pois Sérgio Moro, na verdade, reconheceu que "há avanços" no combate à corrupção no governo Bolsonaro, por exemplo, em dezembro do ano passado. Ou seja, há menos de cinco meses!
Duvida? Observe a publicação feita por Sérgio Moro em dezembro:
"Sancionado hoje o projeto anticrime. Não é o projeto dos sonhos, mas contém avanços. Sempre me posicionei contra algumas inserções feitas pela Câmara no texto originário, como o juiz de garantias. Apesar disso, vamos em frente", escreveu o ministro.
Moro ainda acrescentou: "É um excelente texto e nada inconsistente com o teor originário do projeto anticrime. Como disse, apesar do juiz de garantias, há avanços."
Ou seja, o Moro que falou para o Fantástico não foi o mesmo de dezembro passado, quando reconheceu os avanços da agenda anticrime, onde se inclui pautas de combate à corrupção. Nos resta perguntar: o que mudou nesses cinco meses, ex-ministro?